No primeiro dia de workshop, a Isa guiou-nos nos fundamentos do Ashtanga Yoga. Relembrou-nos a importância da respiração, de como a prática do Ashtanga assenta numa respiração livre e consciente, que cria espaço e convida ao mergulho interior. Através da linguagem simbólica, ajudou-nos a conectar com os bhandas, o que nos permitiu dar um salto quântico nas nossas práticas e nos levou a reconhecer, ou relembrar, partes escondidas, ou menos conscientes, de nós próprios. Enraizou-nos no momento presente, para depois nos fazer voar durante o resto do fim-de-semana.
Com a sua voz e o canto dos Bhajans (cânticos devocionais da Índia) levou-nos directamente aos recantos da alma. As defesas do ego e os julgamentos da mente desarmaram-se e fomos conduzidos à essência, convidados a contemplar o êxtase da existência que habita no centro do nosso coração.
E assim arrancamos para as práticas Mysore...enraizados e despidos. Não admira que a partir daqui pura magia aconteceu, cada um no seu tapete, ao som da respiração do grupo e ao cuidado das mãozinhas da Isa, fomos mergulhando a pouco e pouco dentro de nós próprios. Nessa viagem de auto-descoberta, luz e sombra revelaram-se. Monstrinhos que precisam de colinho e amor, inseguranças, medos, dúvidas, frustrações, forças e poderes internos que até então estavam subestimados, foram trazidos à consciência. A prática do yoga é isto mesmo, uma viagem de auto-descoberta. E é lindo, não só de se viver, como de se partilhar.
Para mim não há palavras para descrever quão mágico foi receber a Isa, não só pelos seus ensinamentos e pela sua presença, mas porque a existência do Coimbra Yoga deve-se muito há inspiração que ela e a Casa Vinyasa tiveram em mim desde a minha primeira prática. Gratidão e amor por nos termos cruzado (várias vezes) é o que canta o meu coração em relação a esta linda mulher.
A todos os que estiveram presentes e que fizeram acontecer, um profundo obrigada. ❤❤❤
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